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ode à rotina

sobre o feio e o bonito. a minha rotina é ler.

Gosto muito de falar sobre livros em contextos mais descontraídos como no Tumblr ou redes sociais do género. Não gosto tanto de falar de livros com quem se entende por conhecedor de literatura - e olhem que as percepções que temos acerca de nós mesmos quase nunca correspondem à realidade; já tentei procurar por grupos de discussão portugueses no goodreads e desiludi-me bastante.

Não tenho nada contra professores e doutores, entenda-se. Tiro até especial prazer das conversas de alguns adultos com uma bagagem literária mais extensa do que a minha, mas não suporto snobs literários.

 

Nota: Tenho a minha quota parte de snob (literária e em tudo o resto). 

 

Há esta ideia errada de que as mulheres gostam de ler romance. Eu gosto de ler romance, mas não acho que deva reduzir-me apenas a esse género. Há quem goste de ler erótica - e aí aparecem os meus amigos de nariz empinado, dizendo que não, não, erótica não é literatura; Eu não gosto de Fifty Shades, não por ter erótica, mas por um conjunto de outras razões. No entanto, tendo a pôr-me à escuta quando alguém critica o livro, porque quero perceber quantas das recriminações se devem aos meus motivos e quantas se devem simplesmente aos preconceitos que há em relação à erótica. O que também incomoda é que uma mulher a ler erótica é quase sempre um caso chocante e eu não percebo de onde provém o choque.

Muitas coisas me irritam, a sério, mas entre a lista das mais irritantes estão aquelas pessoas que apontam os dedos a X livro porque não é literatura a sério. Agora, como disse, eu mesma tenho um pouco de snob literária. Torço o nariz quando me dizem que só gostam de literatura light, às vezes por mau humor, outras pela desilusão de não partilharmos os mesmos gostos e outras simplesmente porque acho que a pessoa está a perder ao limitar-se a uma lista restrita de livros e autores. Mesmo assim, eu leio literatura light, como leio clássicos aclamados, como leio manga. 

O que não gosto mesmo nada é de quem se tem lá nas alturas e gosta de olhar desdenhosamente cá para baixo - quem desdenha quer comprar, não é? -, isto em relação àqueles que só lêem o que vem nos manuais. Não quero limitar-me aos manuais, não quero ler pelo prestígio do autor, quero dar oportunidade aos novos autores. E esses livros que dizem ser tão bons têm complicações quando introduzidos no mundo moderno. Não quero ler apenas livros com protagonistas masculinos a fazer grandes coisas, para começar. 

Queria somente dizer que me irrita quem pensa que sabe tudo. Os meus gostos são melhores que os teus, eu leio os grandes autores, eu sou intelectual e tu não...alongava-se mais se eu deixasse. É certo que ninguém diz isto de caras, mas a atitude e as mensagens entrelinhas estão lá.

Era perfeito se toda a gente lesse, então não quero saber o que lêem desde que o façam. Perfeito, perfeito era tirarmos a cabeça da matrícula traseira e abrirmos os nossos horizontes. Gosto de pessoas eclécticas, mas isto sou só eu.

Trago mais uma book tag, desta vez inspirada nas Booktube Partner Tags que andam a circular pelo Youtube (procurem, são muito giras). A minha partner in crime é a Rita e ela teve a delicadeza de reunir dez perguntas maravilhosas e mais duas pessoais para eu responder. Eu fiz o mesmo e as respostas dela serão postadas no seu blog brevemente.

Estou muito animada porque sempre quis fazer parcerias neste tipo de coisas, mas geralmente não tenho com quem. 

 

 

 

♦ A personagem com que estás mais obcecada ultimamente?

Vou ter de dizer Mara Dyer, não por falta de obsessões, mas porque penso ser a mais preocupante. Tenho necessidade de fazer gráficos sobre ela com frequência e, não sei, tudo o que for Mara Dyer chama a minha atenção. Gosto muito dela, é uma personagem interessante.

 

 Se tivesses de escolher duas personagens para te acompanhar o resto da vida quais seriam?

Ai meu Deus, só duas. Como escolho?

Depois de muita deliberação, eu escolhi o Yasushi Takagi e nós podemos comunicar em inglês, de certeza. Tinha de ser o Yasu uma delas, porque o Yasu é o irmão mais velho que toda a gente precisa e eu realmente agradecia que alguém me orientasse a vida.

A segunda pode ser a Nana Komatsu. Somos iguais, íamos dar-nos tão bem.


♦ Acabaram de ser inventados livros à prova de água mas só tens dinheiro para comprar um, que livro escolhes para ler debaixo de água?

 Wuthering Heights, porque acho-o um livro sufocante. Então vou ler debaixo de água para aumentar o desconforto, faz sentido.


♦ Vais ser a heroína da história agora, que livro escolhes para protagonizar?

 Estou indecisa entre Twilight e Pride and Prejudice. Quero sofrer o menos possível, desculpem.

Acho que Pride and Prejudice. Casar, ser rica e viver num século passado, no meio do campo nem parece muito mal. E vou ser a Mrs. Darcy. Só não sei como avançamos, porque eu sou pior que ele.


♦ Vai-te ser dada a permissão para confrontares um vilão e tentares incutir-lhe algum juízo na cabeça, qual vai ser?

Cheguei à conclusão de que não leio muitos livros com vilões físicos. A maior parte do antagonismo provém do Destino e, se esta for uma resposta válida, então quero tentar incutir juízo ao Destino.

Se tiver mesmo de ser uma personagem, então o Kazuo Kiriyama que eu sei que não vai adiantar de nada e que vou acabar provavelmente morta. Mas eu gosto dele.


♦ O coração também conta, qual é a personagem masculina com quem terias uma relação curta e com qual ficarias no fim?

Relação curta o Emmett Cullen ou o Shogo Kawada. Epá, desculpem, gosto de homens grandes. Mas acho que o Shogo me mete um bocado mais de medo, então provavelmente o Emmett.

Meu Deus, como escolher entre o George Weasley e o Nobuo Terashima? O primeiro dava-me acesso ao mundo mágico e, não sei, íamos viver a vida a rir...ai, e levar as nossas oito criancinhas (não devo ser eu que vou tê-las, não) ao comboio e ser uma Weasley! Mas o segundo é perfeito para mim.

Pronto, o Nobu será. Ele é sensível, criativo, bondoso e divertido.


♦ A que família gostarias de pertencer? Porque te identificarias nela?

Weasley! Sempre sonhei em ter muitos irmãos, gosto de famílias grandes e ia ser feiticeira. Mas esperem, não queria ser irmã dos gémeos, que crueldade.


♦ Gostarias de viver a história de que personagem?

Da Bella Swan. 


♦ Dá-me um top dos teus 5 livros favoritos.

Saga Luz e Escuridão, Wuthering Heights, Saga Harry Potter, Trilogia Mara Dyer, Trilogia dos Jogos da Fome.

A minha resposta seria diferente se considerasse os livros favoritos da infância, aqueles que li mais no início da adolescência e os Mangas, mas resolvi restringir um pouco as opções para escolher melhor.

 

 

 

 

 

♦ O que te vês a fazer daqui a 10 anos?

Daqui a dez anos terei vinte e oito, que horror. Vou estar casada, ter uns três filhos e morar numa casa enorme, perdida no meio de uma floresta. Vou estar a escrever e vou dar jantares para os vizinhos montes de vezes, porque eu acho que vou viver num livro da Jane Austen.

 

♦ Se tivesses de escolher um país para onde viajar neste exacto momento qual seria e porquê.

Japão, porque sou fascinada pela cultura.

 

 

 

Sinopse:

When everyone reads minds, a secret is a dangerous thing to keep.

Sixteen-year-old Kira Moore is a zero, someone who can’t read thoughts or be read by others. Zeros are outcasts who can’t be trusted, leaving her no chance with Raf, a regular mindreader and the best friend she secretly loves. When she accidentally controls Raf’s mind and nearly kills him, Kira tries to hide her frightening new ability from her family and an increasingly suspicious Raf. But lies tangle around her, and she’s dragged deep into a hidden world of mindjackers, where having to mind control everyone she loves is just the beginning of the deadly choices before her.

 

Review:

Thanks to Netgalley for providing me with an advance reader copy in exchange of an honest review.

This is becoming an habit, unfortunately. Maybe I'm just bad at picking books, but I keep hoping something like And We Stay or Witch Finder will find its way to me. For now, this is another negative review.

I didn't like this one bit. The base idea was compelling enough, but the protagonist wasn't. I didn't like Kira, Raf was too flat and Simon was creepy. Once again, there was a love triangle and the female character couldn't make up her mind. How original.

Simon offended me at many levels. I felt uncomfortable, really. Half of the time he was just pushing Kira around like she was some kind of puppet and she didn't even try to stand for herself. Was he supposed to be the bad boy? Was I supposed to like him? Because generally I do like the bad boys, but this one was insulting and had little to no charm.

The pace was too slow, the conflict wasn't exciting. Not even the fact that there was a character from my nationality (Raf) kept me interested.

 

Classificação:

1 out of 5 stars.

 

Sinopse: 

Rose loves Dimitri, Dimitri might love Tasha, and Mason would die to be with Rose... 

It’s winter break at St. Vladimir’s, but Rose is feeling anything but festive. A massive Strigoi attack has put the school on high alert, and now the Academy’s crawling with Guardians—including Rose’s hard-hitting mother, Janine Hathaway. And if hand-to-hand combat with her mom wasn’t bad enough, Rose’s tutor Dimitri has his eye on someone else, her friend Mason’s got a huge crush on her, and Rose keeps getting stuck in Lissa’s head while she’s making out with her boyfriend, Christian! The Strigoi are closing in, and the Academy’s not taking any risks... This year, St. Vlad’s annual holiday ski trip is mandatory. 

But the glittering winter landscape and the posh Idaho resort only create the illusion of safety. When three friends run away in an offensive move against the deadly Strigoi, Rose must join forces with Christian to rescue them. But heroism rarely comes without a price...

 

Review:

Provavelmente, não devia começar uma review no exacto momento em que termino o livro. Devia dar-me tempo para pensar, ganhar perspectiva. Mas eu sou uma wild child como a Rose, peço desculpa.

Três estrelas e uma menção à protagonista, logo no início da review. Pode perceber-se que gostei mais deste, não pode? Na verdade, a minha intenção era não tornar a olhar para a série depois do primeiro livro, no entanto, com o alarido em torno do filme eu resolvi dar-lhe uma hipótese. As classificações não eram más e, como referi na review de Vampire Academy, podia dar-se o caso da autora ter feito melhorias na obra. Ela fez.

Aprendi a gostar da Rose. Consegui perceber um certo crescimento, contrariando o meu medo de que não houvesse qualquer desenvolvimento de personagens. Quanto à Lissa, gostaria de ter visto mais dela e gostaria também que ela estivesse mais presente para a Rose.

Vejamos, YA sobre amizades entre pessoas do mesmo sexo não acontece com frequência e é uma pena. Os autores tendem a criar triângulos amorosos (também os houve, mas já falo nisso) e a esquecer que há mais do que amor romântico na vida. Neste caso, o aspecto maravilhoso é que a relação central não é Rose/Dimitri, nem sequer Lissa/Christian, mas sim Rose/Lissa. O nível da Rose em relação à melhor amiga é incrível e admirável. A maneira como os guardiões colocam a própria segurança em segundo lugar é assombrosa, especialmente no caso da protagonista que tem apenas dezassete e, embora não se afaste demasiado da imagem de adolescente, consegue apresentar uma maturidade acima do comum, no que toca aos seus deveres. O que desiludiu foi a falta de comunicação entre as duas raparigas que eu já tinha notado no livro anterior, mas que se intensificou neste - quero ver a Lissa a ter uma participação mais activa na vida da Rose.

Em termos da relação principal foi esse o problema que encontrei: a falta de comunicação entre as duas. Uma amizade funciona dos dois lados e gostaria de ter visto a Rose confiar os seus pensamentos à Lissa. 

Continuando com a Lissa, quero um papel mais movimentado nos próximos livros. Quero vê-la lutar, defender-se e quero realmente conhecê-la melhor. Ainda assim, há que salientar o quão diferente as duas parecem e agem; a Rose defende a Lissa como pode, através da força física, e a Lissa defende-la através da diplomacia, a força das palavras (e compulsão, sim, mas não deixa de opor a defesa mental à física).

Quero saber mais sobre todas as personagens. Quero saber especialmente sobre a Mia, se ela vai corresponder àquilo que eu desejo para ela. Fiquei positivamente surpreendida por vê-la ganhar controlo sobre a situação e acho óptimo que a autora a afaste da ideia de menina supérflua e bully que já está tão batida. As pessoas nunca são uma só coisa e para a Mia eu espero um monte de character development para ficar satisfeita.

A estrutura da comunidade vampírica é interessante e original. A luta final deixou-me num estado de extremo entusiasmo e dei por mim a torcer fervorosamente pelas personagens, a sofrer os choques ao mesmo tempo que elas. Este livro teve mais acção e esse é um ponto a favor.

Ainda não merece as quatro estrelas, mas o ritmo foi mais acelerado e sinto que houve mais coisas a acontecerem. Cativou-me de uma maneira que o primeiro não conseguiu. Afastou-se, em certa parte, do estereótipo associado a este tipo de livros e isso é estupendo.

 

Classificação:

3 out of 5 stars

 

Sinopse:

For centuries, the Furies have lived among us. Long ago they were called witches and massacred by the thousands. But they’re human just like us, except for a rare genetic mutation that they’ve hidden from the rest of the world for hundreds of years.

Now, a chance encounter with a beautiful woman named Ariel has led John Rogers into the middle of a secret war among the Furies. Ariel needs John’s help in the battle between a rebellious faction of the clan and their elders. The grand prize in this war is a chance to remake the human race.

 

Review:

Thanks to Netgalley for providing me with an advance reader copy in exchange of an honest review.

I didn't like it, that's it.
The book didn't start bad, I was enjoying the idea of witch trials and witch hunters and all but then it shifted to modern times and it kinda ruined everything.
Lets just say that John wasn't the greatest of main characters. In fact, I didn't care for him at all. He wasn't interesting and the way his relationship with Ariel started was kinda creepy. 
Ariel didn't convince me either, mostly because she was there just to be a love interest. If that wasn't the author's intention, then he didn't do a good job showing it. 
Seriously, I could continue to read if the book wasn't this long and boring. Gang fights is not my thing. This entire book is not my thing.
So, after going through sixty pages of a story I didn't enjoy with main characters I didn't relate to and a love story that felt gross to me, I decided to stop.
Gorgeous cover, though. Very deceiving. 

Classificação:

1 out of 5 stars

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